Publicado por: . | 22 abril, 2024

PRUDÊNCIA E LOUCURA

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TV GÊNESE/FEEAK

Apresenta: 📡📲

*GÊNESE NO LAR 1026*

⌚ Hora 06:37h_ 23/04/2024 – Terça-feira

Fonte:

Mateus, 25:1-13

Evangelho por Sobral – Vol 2

👉 Facilitador: Carlos Alberto Braga Costa

A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS (154)


Mateus 25:1-13;
João Ferreira de Almeida – RC;
Evangelho Segundo o Espiritismo;


“Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas saíram ao encontro do esposo. 2 E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. 3 As loucas tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo. 4 Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. 5 E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram. 6 Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Sai-lhe ao encontro! 7 Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. 8 E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. 9 Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem, e comprai-o para vos 10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. 11 E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta! 12 E Ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.13Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.” (Mt 25:1-13).


“ENTÃO” – Em vista do exposto;
“O REINO DOS CÉUS” – Está no intimo de cada um, representado pela satisfação decorrente de alguma conquista, no caso, as núpcias.
“SERÁ SEMELHANTE” – O reino dos céus é constituído de paz, harmonia e equilíbrio. Ensinando a parábola, Jesus quer colocar em evidencia o bem-estar que a criatura experimenta ao conseguir o seu objetivo. Nesta parábola, o Mestre destaca o valor da vigilância e da prudência na preparação por parte de cada um.
“AS DEZ VIRGENS” – As dez virgens representam a humanidade que atinge a etapa da razão e sente, por isso mesmo, a necessidade de produzir, de ter filhos, mas precisa ser fecundada pelo bem maior de que Jesus é o portador.
“TOMANDO AS SUAS LÂMPADAS,” – Compõem a lâmpada de três elementos: o azeite, o pavio e a chama. O azeite da virtude, o pavio da boa vontade e a chama do conhecimento.
“SAIRAM AO ENCONTRO DO ESPOSO” – O esposo há de chegar em hora ignorada. Já havia compromisso anterior de casamento. O esposo é Jesus com sua doutrina. Casar-se com a doutrina de Jesus é converter-se integralmente a ela.
“E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas.” (Mt 25:2).
“E CINCO DELAS ERAM PRUDENTES,” – A humanidade difere de pessoa para pessoa, por uma questão evolutiva. As prudentes, imbuídas da responsabilidade do ato, procuram se preparar de modo conveniente, isto é, reuniram os elementos de que iriam carecer durante a caminha e a espera.
“E CINCO LOUCAS” – O motivo pelo qual estas cinco virgens foram chamadas de loucas, nós encontramos no versículo seguinte;
“As loucas tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo.” (Mt 25:3).
“AS LOUCAS” – Quem acha que a aquisição de virtudes parciais ou apenas certas virtudes (pouco azeite) é o suficiente, pode ser tido como locou, pois está conscientemente ignorando a demora e os percalços da jornada ao longo das reencarnações.
“TOMANDOD AS SUAS LÂMPADAS,” – Cada qual possui a sua lâmpada, variando a capacidade da luminosidade.
“NÃO LEVARAM AZEITE CONSIGO” – Contentaram-se com o combustível que estava nas respectivas lâmpadas. Nada de precauções extras. Ora, em nossa viagem evolutiva, precisamos ir amealhando cada vez mais virtudes (azeite) já que não sabemos com antecedência os testes que nos aguardam no percurso.
“Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.” (Mt 25:4).

“MAS AS PRUDENTES” – A pessoa prudente é cautelosa, vigilante, cuidadosa, conforme as circunstancias. Espiritualmente falando, o prudente amealha os valores das virtudes pra a vida eterna. Como patrão é compreensivo e justo; como empregado é cumpridor de seus deveres; como pai é dedicado; como filho é obediente e assim por diante.
“LEVARAM AZEITE EM SUAS VASILHAS” – Carecemos de nos exercitar na prática das virtudes, para conquistá-las em grau superlativo e não parcialmente, porque ignoramos as fases, a extensão e duração das provas e testemunhos a que seremos induzidos.
“COM AS SUAS LÂMPADAS” – As lâmpadas todas as dez virgens levavam, porém do suprimento extra só as prudentes se lembraram. Ora, quando fazemos o nosso percurso ao longo das reencarnações, não sabemos o que nos aguarda, motivo pelo qual todo cuidado é pouco.
“E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.” (Mt 25:5).
“E TARDANDO O ESPOSO,” – O esposo é o próprio Jesus, representado pelo corpo de sua doutrina. Cada um de nós personifica uma noiva, que precisa se colocar em estado de virgindade, pureza, para receber o ensinamento do Mestre na mente e no coração. Podemos nos conduzir como noivas prudentes ou locas, de acordo com nosso livre-arbítrio. O esposo demora, porque o nosso casamento com os ensinamentos do Mestre verifica-se sempre tarde, depois de desprezadas numerosas oportunidades. Tanto é assim, que encontramos muitas pessoas que se lamentam de não haverem se convertido antes.
“TOSQUENEJARAM TODAS” – Tosquenejar: “cabecear com sono, abrindo e fechando os olhos repetidas vezes; cochilar”. Natural que após a jornada estivessem sonolentas. Qualquer esforço maior exige descanso.
“ADORMECERAM” – O sono físico constitui elemento indispensável para a recomposição de energias físicas. Durante o sono, o espírito permanece ativo, numa vida muito mais dinâmica, já que desfruta de liberdade relativa da matéria.
“Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Sai-lhe ao encontro!” (Mt 25:6).
‘MAS, À MEIA NOITE,“ – Há muitas meias noites em nossa vida. Meia noite é o final de um dia e o principio de outro. O termino de uma etapa e o inicio de outra. Os maçons principiam e finalizam suas reuniões simbolicamente á meia-noite, não importa qual seja a hora. As virgens saíram procurando o esposo, das trevas para a luz de novo dia espiritual.
“OUVIU-SE UM CLAMOR” – A vinda de Jesus tem repercussões extraordinárias no íntimo de cada criatura;
“AÍ VEM O ESPOSO,” – Jesus vem desde o principio, inicialmente através de seus emissários; depois, ministrando pessoalmente as suas lições, o que continua fazer por intermédio dos trabalhadores de sua seara.
“SAÍ-LHE AO ENCONTRO” – Jesus vem até cada um de nós, competindo a cada qual ir até Ele. É o caso de perguntarmos: o que temos feito nesse sentido?
“Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.” (Mt 25: 7).
“ENTÃO TODAS AQUELAS VIRGENS SE LEVANTARAM.” – A posição horizontal se justifica enquanto estamos descansando, mas deve ser um repouso vigilante, para que, ao menor sinal, possamos acordar e nos levantar. As virgens, deitadas ou erguidas, já se encontravam de pé, espiritualmente.
“E PREPARARAM SUAS LÂMPADAS” – Chegava o momento mais importante da vida espiritual daquelas criaturas. Precisavam estar preparadas. Dada uma com sua lâmpada para ser encontrada e encontrar Jesus.
“E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam.” (Mt 25:8).
“E AS LOUCAS DISSERAM ÀS PRUDENTES” – Se um louco nos fatal alguma coisa precisamos ouvi-lo com cautela e ponderar o que ele diz. Louca, no Evangelho, é toda criatura que coloca em segundo plano as questões espirituais, como se o espírito, a imortalidade da lama e a lei de causa e efeito, entre outros itens, não existissem.

“DAÍ-NOS DO VOSSO AZEITE,” – Um pedido inconsciente, pois virtude não se dá; não se divide e não se transfere. É inalienável, como conquista individual. Uma mãe, por muito amor que tenha a um filho, não consegue lhe dar um pouco de virtude.
“PORQUE AS NOSSAS LÂMPADAS SE APAGAM” – Devemos nos exercitar na pratica das virtudes até conquistá-las não parcialmente, mas integrais, porque ignoramos até que ponto as nossas trevas conjugadas com a escuridão exterior nos colocarão à prova, testando a nossa capacidade.
“Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem, e comprai-o para vos” (Mt 25:9).
“MAS AS PRUDENTES RESPONDERAM, DIZENDO:” – Sempre que alguém tido como prudente vai usar a palavra, precisamos ouvi-lo atentamente a fim de não perdermos a chance de aprendizado, pois de uma pessoa prudente só se esperam ponderações sérias, acertadas e oportunas.
“NÃO SEJA CASO QUE NOS FALTE A NÓS E A VOS,” – As virgens loucas, fazendo tal pedido, demonstraram desconhecimento das questões espirituais. As prudentes, por sua vez, respondendo assim preferiram negar de modo educado e justo. É uma resposta compreensiva, raciocinando em termos materiais, contudo impraticável em dimensões espirituais.
“IDE ANTE AOS QUE O VENDEM,” – Quem vende azeite na Terra?
1º) Os companheiros mais evoluídos, com suas palavras e exemplos. No entanto, para aprendermos com esses carecemos de muita boa vontade e verdadeira determinação, porque eles nada impõem;
2º) De quem se compra azeite e à vontade, é das pessoas ríspidas, criadoras de caso, exigentes, intratáveis. Exemplos: o superior exigente coloca o empregado na linha; a esposa irascível faz o marido mais prudente; o professor exigente torna o aluno aplicado. E assim por diante.
Vendem porque em contato com eles adquirimos virtudes. Por sua vez, eles recebem lições que mais cedo ou mais tarde vão contribuir para o seu despertamento. Quanto aos companheiros esclarecidos, falando sobre ou exemplificando virtudes, são pagos com a aquisição de mais experiência. E conquistam paciência, aturando-nos.
“E COMPRAI-O PARA VÓS” – Se todos podem vender, a conquista do azeite é individual. Cada um vai saber de quem, como, quanto, onde e quando comprar. Tudo depende das necessidades individuais.
“E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.” (Mt 25:10).
“E TENDO ELAS IDO COMPRÁ-LO” – Ao comentarmos esta parábola, para torná-la mais clara, imperioso estabelecermos uma comparação com a parábola das bodas (Mt 22:1-14). Nas bodas um homem se encontrava sem a veste nupcial e por isso foi lançado nas trevas exteriores. Nesta parábola, faltou azeite às virgens loucas e elas foram comprá-lo.
“CHEGOU O ESPOSO,” – Ele está sempre vindo. Sua presença é que tem passado despercebida. As oportunidades para a nossa conversão ao cristianismo se renovam todos os dias.
“E AS QUE ESTAVAM PREPARADAS” – Vigilantes. Perseverantes no bem, não desprezando nenhum ensejo de aprendizado. Aqui cabe uma pergunta: Como nos conduzimos diariamente? Como as virgens prudentes ou como as loucas?
“ENTRARAM COM ELE PARA AS BODAS,” – Trata-se da sintonia, da afinidade estabelecida com a doutrina do Mestre através do tempo. O prazo para determinada realização é previsto pela espiritualidade superior. Se conseguirmos efetivá-la antes do tempo marcado melhor para nós, já que prova que houve decisão, boa vontade e dedicação. Se não conseguimos no tempo programado, fica evidente que ocorreu displicência da nossa parte.
“E FECHOU-SE A PORTA” – Para cada etapa evolutiva é concedido um certo prazo, findo o qual, a oportunidade passa. Outros ensejos virão, todavia não se sabe como nem quando, pois tudo depende de desígnios superiores. A porta que se fecha, por enquanto, é a porta da oportunidade. No presente estágio evolutivo da Terra, estamos vivendo instantes definitivos e finais de uma situação. Se nos apresentamos como virgens prudentes, estaremos preparados para as bodas; caso contrário, sentiremos a porta fechar-se permanecendo for expulsos para mundos primitivos, para o reinicio de outra etapa de progresso espiritual.

‘E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos a porta!”(Mt 25:11).
“E DEPOIS” – Tudo tem sua hora. No caso, poderiam ter chegado antes, nunca, porém, após a hora. Quem chega antes é porque se apressou. Quem chega após é porque foi displicente. E cada um responde pela própria maneira de ser.
“CHEGARAM TAMBÉM AS OUTRAS VIRGENS,” – Elas correram, contudo já era tarde: a porta estava fechada. Todo processo deveria ser recomeçado.
“DIZENDO: SENHOR, SENHOR,” – Eis a prece do coração aflito. Constitui o lamento sobre a própria maneira de condizer-se. Na expressão: “Senhor, Senhor”, ouve-se o grito apelando para a autoridade e não a palavra carinhosa dirigida ao esposo. Uma reação de consciência, sentindo-se culpada.
“ABRE-NOS” – Como? Nem o próprio Jesus poderia fazê-lo. As questões relativas à evolução das criaturas transcendem o seu âmbito de atuação. O próprio Mestre nos ensina: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”. (Mt 24:36).
“E Ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.” (Mt 25:12).
“E ELE, RESPONDENDO, DISSE:” – Não podemos responder com evasivas. Aprendemos com o Mestre que toda pergunta merece uma resposta correta, clara, concisa.
“EM VERDADE” – O Mestre só falava verdades. Quando ele usa essa expressão é com o fito de chamar a nossa atenção. De abrir os nossos olhos.
“VOS DIGO QUE VOS NÃO CONHEÇO” – E não conhecia mesmo. O noivo apenas conhece a noiva que o aguarda, que vem a seu encontro na hora das bodas. Quem vem depois passa por estranho. Dentro de um certo prazo devemos realizar um estágio evolutivo, sublimando a nossa personalidade (aparência) e a nossa individualidade (conduta), se não o conseguimos, apresentamo-nos irreconhecíveis. Então só nos resta começar o processo outra vez, aproveitando as novas oportunidades que surgirão naturalmente.
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.” (Mt 25:13).
“VIGIAI, POIS,” – Amorosamente, o Filho de Maria nos recomenda a vigilância. Atenção constante e dinâmica.
“PORQUE NÃO SABEIS O DIA NEM A HORA” – De fato, desconhecemos integralmente o que nos aguarda no futuro. Sabemos apenas que a lei de causa e efeito se encontra em vigor, dando a cada um segundo as suas obras. Façamos o bem para termos o bem. Estejamos atentos para não perdermos as oportunidades de integração com o Senhor.
“EM QUE O FILHO DO HOMEM HÁ DE VIR” – Filho do homem: Jesus, que virá, espiritualmente falando, para instalar-se no coração de cada criatura, à medida que cada um, paulatinamente, se converter à Sua doutrina.
Belo Horizonte, 14-06-1987


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